Acho muito curiosa a ideia 'vendida' aos meios de comunicação social pelas entidades governamentais da Madeira de que este foi "o maior desastre natural ocorrido no último século...".
Há duas coisas que me parecem incoerentes nesta afirmação: primeiro, se se considera o maior desastre natural neste século, pode perguntar-se "houve antes disso um desastre natural com esta origem ainda maior"? Segundo, qual é o critério para classificar este como " o maior desastre natural"? - o número de mortos e o valor dos prejuízos materiais? Ou os valores de precipitação aferidos por unidade de tempo e espaço (de forma a que possamos comparar o grau de concentração espacial e temporal da precipitação)? Se o critério considerado for o primeiro, como parece ser o caso e é normal acontecer nestas situações, estamos e incorrer numa imprecisão grave, pois as consequências humanas foram, agora, mais elevadas porque o grau de vulnerabilidade do território conheceu um agravamento exponencial nas últimas 2 ou 3 décadas que não tem paralelo com aquilo que acontecia no passado mais longínquo.
Considerar que este foi "o maior desastre natural ocorrido no último século" é uma afirmação que tem intrinseca a ideia de que a causa do fenómeno se ficou a dever a um paroxismo climático anormal(alguns diriam mesmo, consequência do 'aquecimento global'). Mas pensar isso é ignorar aquilo que é a marca característica do clima madeirense, onde estes eventos extraordinários não são propriamente uma novidade e encontram-se bem explicados em termos científicos (ver posts anteriores).
Sem ter presente um historial do valores de precipitação ocorridos na Madeira desde que há registos, parece-me mais do que evidente se o paroxismo foi o detonador, mas o material verdadeiramente explosivo estava espalhado pelas vertentes e ao longo dos vales das ribeiras da ilha (especialmente na área do Funchal). Ignorar este facto é inveredar por uma estratégia de avestruz, com consequências que só tenderão a agravar-se no futuro.
Tendo em conta que o nível de riqueza da região é já superior à média nacional, este dramático acontecimento constitui um caso paradigmático para ilustrar as consequências perversas do crescimento económico face àquilo que deveria ser um desenvolvimento social sustentável.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Imagens do aluvião da Madeira (primeiros momentos)
Estas imagens dão uma ideia de como foi o cenário enfrentado pelos funchalenses no dia 20/02/2010.
Fonte: Diário Cidade
Fonte: Diário Cidade
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Catástrofes Naturais
A tragédia (anunciada) da Madeira [2]
Ainda sobre os avisos face à situação do (des)ordenamento e impactos da acção humana sobre o território madeirense, vale a pela ler e reflectir sobre um texto publicado originalmente no Diário de Notícias do Funchal em 13 de Janeiro de 1985.
Eu tive um sonho
Por Cecílio Gomes da Silva
(Engenheiro Silvicultor)
TRAUMATIZADO pelo estado de desertificação das serras do interior da Ilha da Madeira, muito especialmente da região a Norte do Funchal e que constitui as bacias hidrográficas das três ribeiras que confluem para o Funchal, dando-lhe aquela fisiografia de perfeito anfiteatro, aliado a recordações da infância passada junto à margem de uma das mais torrenciais dessas ribeiras – a de Santa Luzia – o mundo dos meus sonhos é frequentemente tomado por pesadelos sempre ligados às enxurradas invernais e infernais dessa ribeira. Tive um sonho.
Adormecendo ao som do vento e da chuva fustigando o arvoredo do exemplar Bairro dos Olivais Sul onde resido, subia a escadaria do Pico das Pedras, sobranceiro ao Funchal. Nuvens negras apareceram a Sudoeste da cidade, fazendo desaparecer o largo e profundo horizonte, ligando o mar ao céu. Acompanhavam-me dois dos meus irmãos – memórias do tempo da Juventude – em que nós, depois do almoço, íamos a pé, subindo a Ribeira de Santa Luzia e trepando até à Alegria por alturas da Fundoa, até ao Pico das Pedras, Esteias e Pico Escalvado. Mas no sonho, a meio da escadaria de lascas de pedra, o vento fez-nos parar, obrigando-nos a agarrarmo-nos a uns pinheiros que ladeavam a pequena levada que corria ao lado da escadaria. Lembro-me que corria água em supetões, devido ao grande declive, como nesses velhos tempos. De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e um ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço. Quanto durou, é difícil calcular em sonhos. Repentinamente, como começou, tudo parou; as nuvens dissiparam-se, o vento amainou e a luz voltou. Só o ruído continuava cada vez mais cavo e assustador. Olhei para o Sul e qualquer coisa de terrível, dantesco e caótico se me deparou. A Ribeira de Santa Luzia, a Ribeira de S. João e a Ribeira de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava via-os transformarem-se numa só torrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A Ribeira de Santa Luzia, bloqueada por alturas da Ponte Nova – um elevado monturo de pedras, plantas, arames e toda a ordem de entulho fez de tampão ao reduzido canal formado pelas muralhas da Rua 31 de Janeiro e da Rua 5 de Outubro – galgou para um e outro lado em ondas alterosas vermelho acastanhadas, arrasando todos os quarteirões entre a Rua dos Ferreiros na margem direita e a Rua das Hortas na margem esquerda. As águas efervescentes, engrossando cada vez mais em montanhas de vagas espessas, tudo cobriram até à Sé – único edifício de pé. Toda a velha baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama. A Ribeira de João Gomes quase não saiu do seu leito até alturas do Campo da Barca; aí, porém, chocando com as águas vindas da Ribeira de Santa Luzia, soltou pela margem esquerda formando um vasto leito que ia desaguar no Campo Almirante Reis junto ao Forte de S. Tiago. A Ribeira de S. João, interrompida por alturas da Cabouqueira fez da Rua da Carreira o seu novo leito que, transbordando, tudo arrasou até à Avenida Arriaga. Um tumultuoso lençol espumante de lama ia dos pés do Infante D. Henrique à muralha do Forte de S. Tiago. O mar em fúria disputava a terra com as ribeiras. Recordo-me de ver três ilhas no meio daquele turbilhão imenso: o Palácio de S. Lourenço, A torre da Sé e a fortaleza de S. Tiago. Tudo o mais tinha desaparecido – só água lamacenta em turbilhões devastadores.
Acordei encharcado. Não era água, mas suor. Não consegui voltar a adormecer. Acordado o resto da noite por tremenda insónia, resolvi arborizar toda a serra que forma as bacias dessas ribeiras. Continuei a sonhar, desta vez acordado. Quase materializei a imaginação; via-me por aquelas chapas nuas e erosionadas, com batalhões de homens, mulheres e máquinas, semeando urze e louro, plantando castanheiros, nogueiras, pau-branco e vinháticos; corrigindo as barrocas com pequenas barragens de correcção torrencial, canalizando talvegues, desobstruindo canais. E vi a serra verdejante; a água cristalina deslizar lentamente pelos relvados, saltitando pelos córregos enchendo levadas. Voltei a ouvir os cantares dolentes dos regantes pelos socalcos ubérrimos das vertentes. Foram dois sonhos. Nenhum deles era real; felizmente para o primeiro; infelizmente para o segundo.
Oxalá que nunca se diga que sou profeta. Mas as condições para a concretização do pesadelo existem em grau mais do que suficiente.
Os grandes aluviões são cíclicos na Madeira. Basta lembrar o da Ribeira da Madalena e mais recentemente o da Ribeira de Machico. Aqui, porém, já não é uma ribeira, mas três, qualquer delas com bacias hidrográficas mais amplas e totalmente desarborizadas. Os canais de dejecção praticamente não existem nestas ribeiras e os cones de dejecção estão a níveis mais elevados do que a baixa da cidade. As margens estão obstruídas por vegetação e nalguns troços estão cobertas por arames e trepadeiras. Agradável à vista mas preocupante se as águas as atingirem. Estão criadas todas as condições, a montante e a jusante para uma tragédia de dimensões imprevisíveis (só em sonhos).
Não sei como me classificaria Freud se ouvisse este sonho. Apenas posso afirmar sem necessidade de demonstrações matemáticas que 1 mais 1 são 2, com ou sem computador. O que me deprime, porém, é pensar que o segundo sonho é menos provável de acontecer do que o primeiro.
Dei o alarme – pensem nele.
Fonte secundária
E o sonho tornou-se... pesadelo.
Eu tive um sonho
Por Cecílio Gomes da Silva
(Engenheiro Silvicultor)
TRAUMATIZADO pelo estado de desertificação das serras do interior da Ilha da Madeira, muito especialmente da região a Norte do Funchal e que constitui as bacias hidrográficas das três ribeiras que confluem para o Funchal, dando-lhe aquela fisiografia de perfeito anfiteatro, aliado a recordações da infância passada junto à margem de uma das mais torrenciais dessas ribeiras – a de Santa Luzia – o mundo dos meus sonhos é frequentemente tomado por pesadelos sempre ligados às enxurradas invernais e infernais dessa ribeira. Tive um sonho.
Adormecendo ao som do vento e da chuva fustigando o arvoredo do exemplar Bairro dos Olivais Sul onde resido, subia a escadaria do Pico das Pedras, sobranceiro ao Funchal. Nuvens negras apareceram a Sudoeste da cidade, fazendo desaparecer o largo e profundo horizonte, ligando o mar ao céu. Acompanhavam-me dois dos meus irmãos – memórias do tempo da Juventude – em que nós, depois do almoço, íamos a pé, subindo a Ribeira de Santa Luzia e trepando até à Alegria por alturas da Fundoa, até ao Pico das Pedras, Esteias e Pico Escalvado. Mas no sonho, a meio da escadaria de lascas de pedra, o vento fez-nos parar, obrigando-nos a agarrarmo-nos a uns pinheiros que ladeavam a pequena levada que corria ao lado da escadaria. Lembro-me que corria água em supetões, devido ao grande declive, como nesses velhos tempos. De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e um ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço. Quanto durou, é difícil calcular em sonhos. Repentinamente, como começou, tudo parou; as nuvens dissiparam-se, o vento amainou e a luz voltou. Só o ruído continuava cada vez mais cavo e assustador. Olhei para o Sul e qualquer coisa de terrível, dantesco e caótico se me deparou. A Ribeira de Santa Luzia, a Ribeira de S. João e a Ribeira de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava via-os transformarem-se numa só torrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A Ribeira de Santa Luzia, bloqueada por alturas da Ponte Nova – um elevado monturo de pedras, plantas, arames e toda a ordem de entulho fez de tampão ao reduzido canal formado pelas muralhas da Rua 31 de Janeiro e da Rua 5 de Outubro – galgou para um e outro lado em ondas alterosas vermelho acastanhadas, arrasando todos os quarteirões entre a Rua dos Ferreiros na margem direita e a Rua das Hortas na margem esquerda. As águas efervescentes, engrossando cada vez mais em montanhas de vagas espessas, tudo cobriram até à Sé – único edifício de pé. Toda a velha baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama. A Ribeira de João Gomes quase não saiu do seu leito até alturas do Campo da Barca; aí, porém, chocando com as águas vindas da Ribeira de Santa Luzia, soltou pela margem esquerda formando um vasto leito que ia desaguar no Campo Almirante Reis junto ao Forte de S. Tiago. A Ribeira de S. João, interrompida por alturas da Cabouqueira fez da Rua da Carreira o seu novo leito que, transbordando, tudo arrasou até à Avenida Arriaga. Um tumultuoso lençol espumante de lama ia dos pés do Infante D. Henrique à muralha do Forte de S. Tiago. O mar em fúria disputava a terra com as ribeiras. Recordo-me de ver três ilhas no meio daquele turbilhão imenso: o Palácio de S. Lourenço, A torre da Sé e a fortaleza de S. Tiago. Tudo o mais tinha desaparecido – só água lamacenta em turbilhões devastadores.
Acordei encharcado. Não era água, mas suor. Não consegui voltar a adormecer. Acordado o resto da noite por tremenda insónia, resolvi arborizar toda a serra que forma as bacias dessas ribeiras. Continuei a sonhar, desta vez acordado. Quase materializei a imaginação; via-me por aquelas chapas nuas e erosionadas, com batalhões de homens, mulheres e máquinas, semeando urze e louro, plantando castanheiros, nogueiras, pau-branco e vinháticos; corrigindo as barrocas com pequenas barragens de correcção torrencial, canalizando talvegues, desobstruindo canais. E vi a serra verdejante; a água cristalina deslizar lentamente pelos relvados, saltitando pelos córregos enchendo levadas. Voltei a ouvir os cantares dolentes dos regantes pelos socalcos ubérrimos das vertentes. Foram dois sonhos. Nenhum deles era real; felizmente para o primeiro; infelizmente para o segundo.
Oxalá que nunca se diga que sou profeta. Mas as condições para a concretização do pesadelo existem em grau mais do que suficiente.
Os grandes aluviões são cíclicos na Madeira. Basta lembrar o da Ribeira da Madalena e mais recentemente o da Ribeira de Machico. Aqui, porém, já não é uma ribeira, mas três, qualquer delas com bacias hidrográficas mais amplas e totalmente desarborizadas. Os canais de dejecção praticamente não existem nestas ribeiras e os cones de dejecção estão a níveis mais elevados do que a baixa da cidade. As margens estão obstruídas por vegetação e nalguns troços estão cobertas por arames e trepadeiras. Agradável à vista mas preocupante se as águas as atingirem. Estão criadas todas as condições, a montante e a jusante para uma tragédia de dimensões imprevisíveis (só em sonhos).
Não sei como me classificaria Freud se ouvisse este sonho. Apenas posso afirmar sem necessidade de demonstrações matemáticas que 1 mais 1 são 2, com ou sem computador. O que me deprime, porém, é pensar que o segundo sonho é menos provável de acontecer do que o primeiro.
Dei o alarme – pensem nele.
Fonte secundária
E o sonho tornou-se... pesadelo.
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Ambiente,
Ordenamento do Território
A tragédia (anunciada) da Madeira
A tragédia e o sofrimento humanos em grande escala despertam sempre sentimentos de espanto e choque. Mais se os afectados nos são próximos. Os acontecimentos recentes na ilha da Madeira não deixaram ninguém indiferente, multiplicando-se as acções de solidariedade e ajuda financeira. Os políticos entraram numa roda viva com deslocações ao terreno para "verem de perto" a devastação provocada pelas enxurradas.
Todas estas manifestações são justas e veneráveis mas, mas para além dos dramas associados à perda de vidas humanas e aos elevados prejuízos materiais, houve duas coisas que, pessoalmente, me chocaram bastante: por um lado, a cultura de total irresponsabilidade dos poderes dirigentes (tanto do governo regional como dos municípios) face ao (des)ordenamento do território; por outro, o estado resignado, apático e supersticioso do cidadão comum madeirense que, em vez de pedir responsabilidades às pessoas que supostamente deveriam zelar pela sua protecção com medidas adequadas de gestão do território, se limitam a depositar a sua sorte nas mão do Divino.
Esta situação é particularmente mais grave porque não foi a primeira vez que aconteceu (e provavelmente, não será a última), nem sequer era algo que não estivesse reconhecido e sobre o qual não tivessem sido feitas recomendações por parte de académicos e ONGs. Apetece mesmo perguntar: o que foi feito dos milhões de euros transferidos das contas nacionais para o arquipélago?
A este propósito convém recordar um programa que em 2008 passou na RTP onde, de forma premonitória, se descrevem os principais riscos e vulnerabilidade do território madeirense. Portanto, não digam que não tinham sido avisados.....
Todas estas manifestações são justas e veneráveis mas, mas para além dos dramas associados à perda de vidas humanas e aos elevados prejuízos materiais, houve duas coisas que, pessoalmente, me chocaram bastante: por um lado, a cultura de total irresponsabilidade dos poderes dirigentes (tanto do governo regional como dos municípios) face ao (des)ordenamento do território; por outro, o estado resignado, apático e supersticioso do cidadão comum madeirense que, em vez de pedir responsabilidades às pessoas que supostamente deveriam zelar pela sua protecção com medidas adequadas de gestão do território, se limitam a depositar a sua sorte nas mão do Divino.
Esta situação é particularmente mais grave porque não foi a primeira vez que aconteceu (e provavelmente, não será a última), nem sequer era algo que não estivesse reconhecido e sobre o qual não tivessem sido feitas recomendações por parte de académicos e ONGs. Apetece mesmo perguntar: o que foi feito dos milhões de euros transferidos das contas nacionais para o arquipélago?
A este propósito convém recordar um programa que em 2008 passou na RTP onde, de forma premonitória, se descrevem os principais riscos e vulnerabilidade do território madeirense. Portanto, não digam que não tinham sido avisados.....
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Ambiente,
Ordenamento do Território
Evolução (vs) Criação
Numa sociedade que se apelida a si própria "do conhecimento", é paradoxal que as ideias revolucionárias de Charles Darwing estejam a ser postas em causa por um número crescente de pessoas (como acontece, por exemplos nos EUA).
Recentemente tive a oportunidade de ver um interessante documentário em 3 partes intitulado "The Genius of Charles Darwin", da autoria do biólogo inglês Richard Dawkins, um expert na matéria e autor de livros como "O Gene Egoísta" (1976) ou "O Relojoeiro Cego" (1986).
O documentário, em si mesmo, constitui uma espécie de viagem do autor entre a realidade contemporânea de Darwing e o mundo moderno, numa tentativa de paralelizar as suas lutas e conflitos pessoais e intelectuais, mas também as suas esperanças e a crença num mecanismo verdadeiramente revolucionário de entender o mundo, com aquilo que se passa actualmente, 150 anos volvidos.
A conclusão a que se chega não é lá muito animadora pois, por longínquos que pareçam os tempos tenebrosos da Idade Média, hoje em dia, nas sociedades mais desenvolvidas que o nosso mundo conseguiu gerar é possível encontrar 'pérolas' como a que se exemplifica neste pequeno extracto da 3ª parte do documentário...
Recentemente tive a oportunidade de ver um interessante documentário em 3 partes intitulado "The Genius of Charles Darwin", da autoria do biólogo inglês Richard Dawkins, um expert na matéria e autor de livros como "O Gene Egoísta" (1976) ou "O Relojoeiro Cego" (1986).
O documentário, em si mesmo, constitui uma espécie de viagem do autor entre a realidade contemporânea de Darwing e o mundo moderno, numa tentativa de paralelizar as suas lutas e conflitos pessoais e intelectuais, mas também as suas esperanças e a crença num mecanismo verdadeiramente revolucionário de entender o mundo, com aquilo que se passa actualmente, 150 anos volvidos.
A conclusão a que se chega não é lá muito animadora pois, por longínquos que pareçam os tempos tenebrosos da Idade Média, hoje em dia, nas sociedades mais desenvolvidas que o nosso mundo conseguiu gerar é possível encontrar 'pérolas' como a que se exemplifica neste pequeno extracto da 3ª parte do documentário...
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