sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Árvores artificiais para capturar CO2

 
 Um relatório britânico sobre mudanças climáticas pretende fabricar artificialmente o que sempre foi um dos maiores símbolos da natureza: as árvores. A ideia está entre três propostas sugeridas por pesquisadores do Instituto de Engenheiros Mecânicos contra o aquecimento global. As outras duas envolvem "fotobioreatores à base de algas" e telhados refletores em edifícios.
A vantagem, segundo a equipe, é que uma única árvore sintética deverá absorver dezenas de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, fazendo do invento milhares de vezes mais eficiente do que uma árvore tradicional. O plano dos cientistas é construir, dentro de 10 a 20 anos, uma "floresta" de 100.000 árvores artificiais - cada uma custando 15.000 libras (45.500 reais).
De acordo com o projeto, as árvores serão cobertas com materiais sintéticos capazes de absorver o CO2 através de um filtro. O carbono seria então estocado debaixo da terra em reservatórios de petróleo e gás natural esgotados. Para isso, os cientistas solicitaram ao governo britânico um investimento de 10 milhões de libras (30 milhões de reais) em análises de efetividade, riscos e custos de geoengenharia.
Os pesquisadores, liderados por Tim Fox, sugeriram ainda a instalação de "fotobioreatores à base de algas" nos prédios. A técnica consistiria em containeres transparentes abastecidos com algas que acabariam removendo o CO2 da atmosfera durante a fotossíntese. Uma terceira solução seria desviar os raios solares através de telhados refletores.
in revista Veja
Confrontar com o relatório original

Global Administrative Areas (version 0.9)

A GADM é um projecto da Gordon and Betty Moore foundation for the BioGeoMancer project e corresponde a uma base de dados cartográfica mundial das divisões administrativas de cada país.
Dá sempre jeito ter à mão…

Para descarregar:
http://biogeo.berkeley.edu/gadm/data/gadm_v0dot9_mdb.zip

Mais informação em:
http://biogeo.berkeley.edu/gadm/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As coisas que se encontram quando se navega na NET...

O trabalho deixou-me deprimido. Vai daí, deu-me para procurar na Net possíveis significados de "geofilia". Esbarrei com isto!… uma autentica pérola de verborreia cognitiva!...

Esse arquipélago do eu é o território psíquico do sincretismo, sob forma dialógica: de partes isoladas de meu eu, de minhas ilhas interiores, de meus rochedos-de-carne enseadas corporais, cavernas emotivas – antes que isolamentos – partem aventurosas pirogas, não somente para descobrir outros arquipélagos de outros eu, mas também para me deixar descobrir pelo olhar do outro. É ao me descobrir para o outro que me descubro.
‘Não o que acontece no interior, mas o que acontece na fronteira da própria e alheia consciência, no limiar (ibid.). Este limiar, este limen, impele para descobertas extraterritoriais numa delicadíssima zona em que as partes terminais do próprio e as iniciais do outro se alongam, se confundem, se entrelaçam em corpos-interzonas. A geografia do próprio corpo tem de ser redesenhada segundo mapas rigorosamente novos, mapas descentrados, mapas mais úteis para desorientar do que orientar.
‘O homem não tem um território interior soberano, mas está todo e sempre na fronteira e, ao olhar dentro de si, ele olha nos olhos do outro e com os olhos do outro’ (ibid.).
‘Agora estamos desorientados, deslocados, transferidos. Por meio das interzonas dialógicas, delineia-se uma etnografia do limiar, naquela zona turva do despertar, onde o sono e vigília ainda estão sem contornos precisos, onde as geografias se desorientam e se tornam geofilias. Tudo isso é radicalmente contra as fusões indistintas, as dissoluções individuais, os misticismos colectivos, os materialismos estáticos”.

In Massimo Canevacci (1996:41)- Sincretismos: uma exploração das hibridações culturais, Studio Nobel.

Depois de ler esta passagem, apeteceu-me logo voltar ao trabalho…

Portugal a Quente e Frio

O fenómeno de ‘aquecimento global’, ou como agora é mais frequentemente designado ‘as alterações climáticas’, é uma das problemáticas mais mediatizadas da questão ambiental. Embora este seja um assunto que não deve ficar (nem tem ficado) no domínio das discussões entre especialistas, o muito ruído que se tem gerado à sua volta cria ambiguidades, mal entendidos e sentimentos de desconfiança que em nada abonam para uma clara definição do problema e, sobretudo, para a definição de estratégias firmes e coerentes que permitam fazer face aos desafios que se impõem no futuro a curto, médio e longo prazo.

Recentemente foi lançado mais um livro sobre a matéria. Este tem a particularidade de incidir directamente sobre o território nacional. Ainda não li, mas estou com grande curiosidade…

“Portugal a quente e frio”, de Filomena Naves e Teresa Firmino (2009), Livros d’Hoje, 314p.

Texto de apresentação:
“Há peixes tropicais a surgir na costa portuguesa. Há aves que deixaram de migrar para África e passam cá o Inverno. As amendoeiras estão a florir quase um mês mais cedo do que há 30 anos. Nas montanhas, as árvores estão a trepar para fugir ao calor. Na ilha da Madeira, os mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela chegaram, em 2004, e instalaram-se. Só não transmitem as doenças porque não estão infectados com os vírus.
Há muitas incógnitas sobre o rumo que o clima do planeta tomará. Não se sabe onde está o ponto de ruptura do equilíbrio climático. Em parte, vai depender de nós e da maior ou menor quantidade de gases com efeito de estufa que atirarmos lá para cima nas próximas décadas.
A Europa será dos continentes mais afectados e Portugal terá de enfrentar uma das maiores subidas regionais da temperatura. Há quem diga que Lisboa pode vir a ter a temperatura média actual de Rabat.”

Apresentação



Etimologicamente, geo. deriva do grego γεω, que exprime a ideia de terra.
Do mesmo modo, fi.li.a deriva também do grego φιλία, que significa amigo ou φύλλον, que significa folha. Pode também significar fio. Opõe-se a fo.bi.a, que exprime repulsa ou medo.
 
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